Soltura só com pagamento de 51 milhões kz
Pelo menos 42 pescadores angolanos e quatro embarcações que terão violado a fronteira marítima do Congo, em Julho, foram condenados à pena suspensa, mas instados a pagar uma multa de 51 milhões CFA (cerca de 50 milhões de kwanzas), depois de um julgamento sumário por um tribunal local.
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As embarcações terão invadido as águas territoriais do Congo, à procura de pescado, tendo o gesto sido interpretado como uma ameaça ao perímetro de uma plataforma petrolífera congolesa, que obrigou à intervenção das autoridades daquele país. Os homens e as embarcações e respectivos artefactos de pesca continuam retidos em Ponta-Negra.
Abordado nesta terça-feira pela Angop, o cônsul geral de Angola para os departamentos de Kouilou e Ponta-Negra, Samuel Andrade da Cunha, manifestou-se preocupado.
“A situação ainda não está resolvida. Digamos que nunca aconteceu caso do género de detenção e julgamento. Temos tido esses casos frequentemente, mas, quando acontece, os nossos pescadores são logo de imediato repatriados após cumpridas as formalidades junto das autoridades locais”, afirmou o diplomata, esclarecendo que “a libertação das embarcações depende somente do pagamento da multa” e já informou ao governo da província de Cabinda “que também diz não ser da sua competência”.
Além da violação da fronteira marítima do Congo, pescadores angolanos têm sido acusados de violarem a fronteira da Namíbia. Em Maio deste ano, por exemplo, as autoridades namibianas acusaram, depois de já o terem feito em outras ocasiões, o Governo angolano de ignorar a notificações sobre navios angolanos que entram furtivamente nas águas namibianas, sobretudo às noites.
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